terça-feira, 30 de junho de 2020

metodologia tecnologica

O referente estudo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa de cunho qualitativo com a aplicação de uma pesquisa bibliográfica desfrutando de recursos para a argumentação das pesquisas realizadas, obtendo, como instrumento de pesquisa, alguns teóricos para evidenciar a relevância do uso da tecnologia como uma aliada ao ensino de língua inglesa. Para Gil (2002, p. 127), pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Assim, pode-se concordar que a pesquisa bibliográfica é baseada em estudos de dissertações, livros e artigos. Apreciando algumas referências no processo do estudo escolhemos, dentre as encontradas, aquelas que enfatizavam os temas referentes ao objetos dessa reflexão e aquelas que apresentaram elementos a serem refletidos sob esse novo olhar conceptivo.

A importância da inserção das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira (LI) e o incentivo dessas para que haja o desenvolvimento das potencialidades dos aprendizes e de novas concepções sobre as metodologias e estratégias em uma maneira analítica e significativa no processo do ensino foram algumas das reflexões encontradas. Para um diagnóstico maior sobre a resolução da problemática encontrada em sala de aula foram selecionados estudos de Benade (2019), Kenski (2003) e Ribas (2018) que conectam a tecnologia como uma aliada ao processo de ensino, pois é uma das ferramentas fundamentais para aprendizagem, pois favorecem uma nova abordagem significativa sobre o ato de apropriar do conhecimento, ressaltando a busca da descoberta, criatividade e desafio.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme entendemos, a língua inglesa se torna, cada vez mais, mais importante e com o surgimento da tecnologia sua compreensão é necessária para acompanhar as transformações mundiais. De acordo com Malvessi (2013, p. 95):

Em nossa sociedade pós-moderna o ensino de língua estrangeira (Língua Inglesa) tem ganhado um novo espaço, uma nova perspectiva. Na medida em que cresce o processo de globalização, a aquisição da língua estrangeira (LI) torna-se uma exigência para o ser humano.

Com o uso das tecnologias como aliada ao processo de ensino-aprendizagem tornar-se-á mais uma ação proativa. Pois, ainda segundo Ribas (2018), o uso desses recursos diminui a lacuna entre o educador e educando, permitindo, dessa forma, novas descobertas e maneiras de se comunicar e interagir a partir desse processo inovador. Os discentes estão em constante contatos com as inovações tecnológicas da informação e comunicação (TDICs) e ligados à abordagem comunicativa (AC) como computadores, tabletssmartphonesgadgetsstreaming, gêneros digitais e diversos aplicativos. Percebemos que a tecnologia perpassa pela vida dos educandos e educadores. Essa inserção da tecnologia como prática pedagógica é um recurso potencializador do processo de ensino e aprendizado, desencadeando, então, competências e habilidades. Conforme Vale (2001, p. 112):

O enfoque principal é criar através das tecnologias novas formas de ensinar e aprender bem como integrar o uso dos recursos disponíveis na escola ao seu compromisso maior que seria um melhor convívio e uma atuação e participação efetiva na sociedade. Assim, a educação é vista como um dos meios capazes de proporcionar à classe trabalhadora um saber que seja instrumento de luta, a fim de que possa, de forma consciente renascer enquanto homens e com ele uma nova escola.

O auxílio das tecnologias digitais não só contribui para com a formação cotidiana, mas também atua como uma âncora indispensável para tornar o aluno um ser crítico e transformador do conhecimento assim como um letrado digital. Torna-se, assim, um diferencial para a realização das práticas de leitura e escrita, pois faz com que essas sejam realizadas de maneira inovadora e dentro dos padrões atuais. O ser letrado digitalmente assume mudanças na forma de ler e escrever por meio de códigos verbais e não verbais. Segundo Marcuschi (2004, p. 67): “o gênero digital é todo o aparato textual em que é possível, eletronicamente, utilizar-se da escrita de forma interativa ou dinamizada”.

Diz, ainda, que “o gênero digital possibilita o trabalho da oralidade e da escrita, assim como os gêneros textuais tradicionais utilizados na escola, pois se apresentam como uma evolução desses” (MARCUSCHI, 2004, p. 67).  Percebe – se que quando o educador usa essas ferramentas ele, provavelmente, alcançará as metas estabelecidas para uma educação efetiva. O uso da tecnologia como ferramenta possibilita diversas formas e maneiras de fazer com que o aprendiz passe a exercer uma função ativa e não passiva. A partir daí, realizar atividades que contribuem para com a sua formação e seu crescimento cognitivo é essencial. De acordo com Boelter (2006, p. 19):

Sabemos dos vários benefícios que a tecnologia pode gerar num trabalho pedagógico com o aluno, em atividade de programação de rotinas e processos; de reorganização, registro, acesso, manipulação e apresentação de informações com aplicativos; de simulação de experimentos relacionados com as ciências naturais e sociais; de comunicação e acesso a base de dados via e-mail e internet. Sabemos também que esse trabalho só se concretiza quando o professor domina os conceitos e as práticas relacionadas com a tecnologia, transportando para o seu trabalho pedagógico e aplicando-os no cotidiano da sala de aula.

Cabe, ao educador, preparar-se para essa evolução tecnológica e, consequentemente, deve quebrar velhos paradigmas metodológicos. Os educandos que estão inseridos no ambiente escolar são titulados de “nativos digitais” e/ou geração z ou, ainda, como alpha e o professor, em muitas das vezes, ao longo de sua formação, não é preparado para tal desafio. É necessário que o professor busque se aperfeiçoar, por novas didáticas e pela inovação de sua metodologia e prática docente. Conforme Bernardo (2006, p.101):

Através da aplicação ou não de terminadas metodologias, uma responsabilidade unilateral quanto ao sucesso ou insucesso de seus alunos. É realmente preocupante a situação do ensino/aprendizagem de inglês na escola pública, visto que a maioria dos alunos, ao final de sete anos de estudo, parece estar estudando inglês pela primeira vez.

É notório que quando o professor não se qualifica, isto é, não busca formação nem se especializa, deixa de usar recursos disponíveis, passando, dessa forma, a contribuir para com uma educação sujeita ao fracasso, pois não será capaz de desenvolver, nesses aprendizes, habilidades e competências necessárias.

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