terça-feira, 30 de junho de 2020

blockchain

Blockchain

As correntes de informação eram tecnologia de ponta em 2018, quando publicamos um especial sobre o tema. Em 2019, entrou no cotidiano de bancos e empresas intensivas em documentação e logística. Em 2020, aposta a consultoria Gartner, deve ganhar aplicações mais mundanas – até se tornar completamente escalável por volta de 2023. “Códigos de uso privado (em vez de bases públicas, como Bitcoin e Ethereum) estão ganhando uma abordagem descomplicada, ao implementar apenas alguns elementos de uma cadeia completa”, diz o relatório. “Blockchain é uma tendência que será ainda mais explorada”, diz Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud, empresa de computação em nuvem. “É uma solução que pode ser implantada por uma equipe de TI ou contratada como serviço”.

Um incentivo à tecnologia virá de governos. “A China, por exemplo, divulgou que deve aumentar os investimentos na área para acelerar o desenvolvimento do blockchain, além de lançar um criptoativo próprio”, lembra Guilherme Canavese, diretor de operação da Golchain, plataforma de blockchain.

computaçao em nuvem

Computação em nuvem

A CI&T, multinacional brasileira parceira na transformação digital de Coca-Cola, Itaú, Embraco e Vivo, ouviu mais de 500 executivos de grandes empresas sobre a tendências para 2020. De acordo com a pesquisa, 57% afirmam que a computação em nuvem será essencial ao crescimento, seguida por internet das coisas (49%) e inteligência artificial (48%).

A computação em nuvem ganha apelo conforme tecnologias como IA se tornam estratégicas para qualquer tipo de negócio. "Empresas tradicionais, como fazendas, estão levantando e analisando dados em tempo real para ter mais inteligência, para sobrevier e crescer", diz Roberto Prado, CTO da Microsoft Brasil. "Mas não adianta tentar fazer isso comprando computadores, você vai levar um ano e meio para processar uma informação de mercado que é importante para o mesmo dia”.

Para Matthew Halliday, ex-vice-presidente da Oracle e co-fundador da Incorta – startup americana de processamento e análise de dados –, em 2020 a nuvem abrirá as portas do mercado para a computação quântica. “Apesar de estamos a anos de distância da popularização, o número de aplicações iniciais vai disparar em 2020, conforme empresas como Google e IBM se unirem a empresas menores para comercializar suas habilidades quânticas”, afirma. “Como resultado, o ano terá investimentos pesados de fundos de venture capital”

veiculos autonomos

Ainda distantes de tomar conta do trânsito, os veículos autônomos vão ganhar aplicações reais em 2020. Nas Olimpíadas de Tóquio, em julho, cem micro-ônibus sem motorista farão o transporte de atletas e espectadores de um estádio para outro e deles para a vila olímpica, enquanto uma frota de carros inteligentes dará apoio à maratona de revezamento da tocha. “Já existentes em ambientes controlados, como áreas de mineração e centros de logística, as ‘coisas autônomas’ vão avançar para espaços abertos ao público”, diz o relatório do Gartner. “Também deixam de ser máquinas solitárias para trabalhar em equipe, como o enxame de drones apresentado nos Jogos de Inverno de 2018”.

No segundo semestre, o iFood planeja lançar comercialmente robôs de entrega. Carrinhos elétricos, capazes de carregar até 30 quilos, vão transportar comida dentro de shopping centers e condomínios fechados – a “última milha”, fonte de prejuízo para empresas de logística. No exterior, AmazonUber e Wing (da Alphabet, holding do Google) vão decolar seus drones para entregar pacotes em até 30 minutos. Diante da complexa regulação dos Estados Unidos, os entregadores robóticos devem decolar primeiro em Israel, no Reino Unido e na China.

Cloud computing (Foto: Embratel)

inteligencia artificial

Inteligência artificial

Crescimento exponencial e atendimento personalizado, dois sonhos de qualquer empresa, são aparentemente opostos – mas podem acontecer ao mesmo tempo graças à inteligência artificial (IA). Companhias como a gigante do fast food McDonald’s e o unicórnio brasileiro de planos de academia Gympass compraram, em 2019, empresas de inteligência artificial. Para valer a pena, investimentos como esses terão de trazer resultados visíveis no ano que vem. 

Essas empresas levaram o desenvolvimento de inteligência artificial para dentro de casa por dois motivos. Primeiro, porque a tecnologia se tornou fundamental. "A análise baseada em IA se tornará cada vez mais uma extensão natural da automação, permitindo que as empresas obtenham maiores insights de rede, beneficiando a segurança, disponibilidade e agilidade geral dos negócios”, afirma Keerti Melkote, da área de Intelligent Edge da Hewlett Packard Enterprise e fundador da Aruba Networks. Segundo, porque a tecnologia está se democratizando. A computação em nuvem (outra tendência para 2020) e as APIs (interfaces de programação de aplicativos) dão acesso a ferramentas de IA e machine learning para empresas relativamente menores.

“Em 2020, companhias voltadas a produtos com IA vão incorporar elementos de reforço de aprendizado e compartilhamento de dados em larga escala, para se manter competitivas”, disse Tatianna Flores, chefe do laboratório de inteligência artificial da empresa de TI Atos. “Em 2019, aplicações de AI para questões específicas da indústria se tornaram commodities”. A vantagem competitiva deixa de estar na mera presença da tecnologia, e se desloca para a criatividade de uso e em sua integração. “Hoje, todos estão em processos para se tornarem digitais, fazendo mais ou menos as mesmas coisas, acessando mais ou menos os mesmos recursos e as mesmas informações”, diz Cesar Gon, CEO da CI&T. “O que vai nos diferenciar é a ousadia de tentar desbravar, criar novos caminhos”.

e-Palette, veículo autônomo e elétrico da Toyota para transportar atletas na Olimpíada de Tóquio (Foto: Reprodução)

tendecia tecnologia 2020

“O computador deixa de ser um ponto de interação e acaba se espalhando, com múltiplos pontos de acionamento e detecção”, diz a lista de apostas da consultoria Gartner. Cada vez mais o mundo se torna, ele mesmo, smart.

Em 2020 devemos ver a afirmação de smart home, como Google Home e Amazon Alexa – que ganharam versões em português no fim de 2019 – e o avanço de wearables, como pulseiras e tênis inteligentes. A chegada das redes 5G (lá fora) dá meios para novas aplicações e dispositivos de realidade virtual e realidade aumentada.

reconhecimento facial deve avançar no Ocidente – na China, já é onipresente –, afirma Vanessa Pegueros, chefe de segurança da OneLogin (uma empresa de gestão de acessos do Vale do Silício). “O iPhone popularizou essa tecnologia de tal maneira que o público espera a mesma praticidade em outras soluções”, disse à revista especializada Software Developer Times. “Apesar de ter falhas, os ganhos de praticidade superam as preocupações dos usuários”.

Robô sobre mesa de trabalho (Foto: Pexels)

Inteligência artificial se tornou essencial para as empresas de todos os setores (Foto: Pexels)


tecnologia judicial

Antes de se discutir sobre a perícia na área contábil é necessário compreender o que é a informação contábil e a sua relação com a perícia. Conforme Bertuchi (2019), a informação contábil visa, sobretudo, demonstrar a viabilidade econômico-financeira de uma empresa em processo de recuperação bem como aponta as estratégias, e, ainda, os meios a serem utilizados nesse processo de recuperação. Assim sendo, em todos esses fatores, segundo o autor, percebe-se que a fonte da informação é a contabilidade da empresa devedora, visto que ela atua como a principal base que sustenta o pedido de recuperação judicial. Nesse sentido, a contabilidade é compreendida como uma das protagonistas nos processos que englobam a recuperação judicial. Bertuchi (2019) alude, também, que além do uso e da utilidade da informação contábil, a compreensão da sua ideia é de igual relevância, seja por parte da empresa solicitante da recuperação judicial quanto por parte do administrador judicial, dos credores e do juiz. Dentre esses agentes, destaca-se o administrador judicial em razão da sua atuação no processo de recuperação judicial.

De acordo com o estudo de Bertuchi (2019), a figura do administrador judicial compreende a necessidade de se pensar em um agente portador de um conhecimento multidisciplinar, e, dessa forma, ele deve ser capaz de avaliar a viabilidade da recuperação da empresa a partir da verificação de créditos, da fiscalização do processo de recuperação, da manifestação em relação aos procedimentos e decisões a serem tomados bem como precisa auxiliar o juiz, e, caso seja solicitado, deve substituir os administradores ou titulares da empresa em recuperação. Dessa forma, cabe, ao administrador judicial, que, por sua vez, deverá se basear em livros contábeis e nos demais documentos de caráter comercial e fiscal voltados ao devedor, realizar a verificação dos créditos, conforme o Art. 7 da Lei de Nº 11.101/2005. Verificada a conformidade, o profissional emite os editais aos credores.

Bertuchi (2019) elucida, ainda, que o administrador fiscal deverá fiscalizar todo o processo em andamento da recuperação judicial. O autor enfatiza, também, que parte do sucesso do processo da recuperação judicial se relaciona com a atuação do administrador judicial. Com a Lei de Nº 11.101/2005 foi incluída a figura do contador, e, assim, ele se encontra habilitado para atuar como administrador judicial. Porém, para Bertuchi (2019), a participação dos contadores como administradores judiciais, ainda hoje, é bastante restrita, uma vez que é frequente que esses desempenham a função de peritos contábeis neste tipo de processo, quando solicitado pelo juiz. Segundo Bertuchi (2019, p. 22) “o juiz solicita quando há indícios de elaboração de documentos contábeis não fidedignos, apresentando dados inexatos, simulados ou omissos, com o intuito de trazer benefícios à organização mesmo antes do pedido de RJ, constituindo-se práticas fraudulentas”.

A perícia é o instrumento que dispõe-se a produzir componentes comprobatórios que sejam utilizados como evidências em vias judiciais ou extrajudiciais. Ainda segundo Sá (1996), a inovação da perícia fornece uma posição sobre a pesquisa feita do patrimônio, ora de empreendimento ora de indivíduos, cuja verificação, por natureza, é estabelecida ou requisitada pelo interessado. Podemos dizer que a perícia contábil analisa situações ligadas ao patrimônio, apresentando um ponto de vista para questão em discussão, segundo o autor Sá (1996) através de arbitramentos, vistorias, investigações, exames, indagações, avaliações, quaisquer métodos essenciais ao parecer. O instrumento aqui analisado é entendido de uma forma ampla, como trabalho especializado com intuito da obtenção de comprovação e ideia a fim de direcionar uma autoridade na decisão de um fato ou enviar o confronto entre as partes.

Segundo Ornelas (1995), uma das categorias de prova pericial são as mostras técnicas à disposição, de uma maneira natural ou jurídica, contribuindo para evidência dos fatos contábeis. Segundo o autor Neves (2004) o arbitramento, exame, vistoria, investigação, indagação que fundamentam os aspectos técnicos da contabilidade, evidenciam as provas que vão contribuir na formação da convicção do Juiz, através da perícia judicial. O conceito da perícia contábil segundo a Norma Brasileira de Contabilidade NBC – TP 01 (2009) nos diz que é um conjunto técnico e científico de procedimentos que auxiliam o profissional na elaboração do laudo pericial – contábil para fundamentação dos elementos de prova destinadas a instância decisória. Os fatos alterados no patrimônio de uma entidade segundo Magalhães Et Al (2006) é um trabalho de análise e verificação por parte do profissional de Ciências Contábeis, que tem o papel de esclarecer ao Juiz ou Administrador Judicial os fatos modificadores. Podemos dizer que a Perícia Contábil tem a necessidade de um especialista técnico, contador, que irá fundamentar esclarecer e posicionar através do parecer sobre o quesito em questão de forma a esclarecer o magistrado a eventual dúvida.

importacia da tecnologia judicial

A perícia contábil é realizada por profissionais altamente qualificados, especializados, os quais detêm profundo conhecimento e experiência na área, aplicando suas habilidades para evidenciar determinado fato ou ato. O objetivo deste trabalho é salientar a importância do profissional contábil na comprovação das informações contidas em processos judiciais e como sua fundamentação, através de laudos técnicos, auxiliam o magistrado na tomada de decisões e assim como ressaltar a contribuição e notoriedade da tecnologia como ferramenta auxiliadora do trabalho. Considerando o volume de informações a serem analisadas pelos peritos contábeis, a tecnologia é uma grande aliada para garantir a acurácia das informações que são, inclusive, disponibilizadas às autoridades fiscais, possibilitando maior volume de análises em tempo hábil, quando necessário, permitindo agilidade na conclusão do laudo e, consequentemente, do processo.  A perícia será de natureza contábil quando sua análise retratar dados sobre o patrimônio de qualquer entidade. Sua execução é realizada pelo perito contábil que através de técnicas como: exame; vistoria; indagação; investigação; arbitramento; mensuração; avaliação; respaldam a autenticidade e veracidade das informações compreendidas no processo judicial. Os resultados adquiridos no estudo apontam alguns predicativos que precisam ser assegurados pelos peritos para realização das análises: concordância; assiduidade; credibilidade; domínio da matéria periciada; confirmando atributos primordiais para o exercício da profissão. O presente trabalho usou como material de apoio para o assunto apresentando: normas; legislações; resoluções e obra literária para embasamento no assunto exposto. Diante disto, pode-se concluir que é de extrema importância a figura do perito no assessoramento do magistrado quando se trata de processos que necessitem de análises da área contábil, assim como os ganhos advindos da tecnologia a favor da justiça, consequentemente, impactando de forma positiva o trabalho do perito.

Palavras-chave: Análises Contábeis, Perito Contábil, tecnologia, veracidade, Assessoramento Magistrado.

1. INTRODUÇÃO

Na elaboração do laudo cabe ao perito contábil contribuir com as partes interessadas sobre o assunto em análise, juiz poderá fazer ao perito perguntas pertinentes aos esclarecimentos de fatos. Cabe ao magistrado toda a verificação dos questionamentos expostos pelas partes e a recusa relacionado aos dados que não forem consideradas pertinentes.

Com o crescimento da área contábil na Europa, segundo Santos (1995), a perícia começou a ser utilizada como confirmação em discussões, fazendo assim o perito contador uma figura fundamental para ratificar a confiabilidade do parecer judicial.

No tocante a perícia contábil brasileira, o perito contador tem a função de explicar dúvidas do magistrado e das partes, sendo uma peça fundamental para legitimar a informação enviado ao Juiz.

O Magistério carece de conhecimento técnico – científico para julgar casos que envolvam natureza contábil, desta forma, é solicitado o parecer do perito – contador com intuito de contribuir de forma técnica para sentença do Juiz.

O profissional habilitado para conduzir o trabalho da perícia contábil precisa ser bacharel em ciências contábeis e ser inscrito no conselho de contabilidade da sua região. O bacharelado precisa elaborar um relatório bem fundamentado e sucinto, com o objetivo de auxiliar, de maneira imparcial, a sentença do magistrado.

O contador deverá ser justo, ético, imparcial, especializado para apresentar o parecer. De acordo com o § 3º, artigo 473 do Código de Processo Civil (2015), para o desempenho da função, o profissional poderá utilizar de todos os meios pertinentes, escutando testemunhas, reunindo informações, buscando documentos que estejam em poder de terceiros e departamento público, assim como preparando o laudo com ilustrações, fotografias, e outros documentos importantes para seu parecer.

Com o passar dos anos, a área contábil tem se transformado, não apenas nas normas e regulamentações, mas sim nas práticas. O crescimento resulta da necessidade do mercado em receber informações cada vez mais aprofundadas e rápidas para tomada de decisões seja ela financeira, gerencial ou administrativa.

Assim como a ciência constantemente vem evoluindo, o profissional precisa acompanhar essa evolução a fim de aprender conceitos  e instrumentos novos que estão sendo utilizados no mercado. Atualmente, um dos instrumentos mais relevantes é a tecnologia que tem por objetivo otimizar o trabalho de forma ágil e prática. A utilização de soluções tecnológicas nas empresas, diminui consideravelmente o risco iminente da perda de documentos por má conservação ou qualquer outro motivo, uma vez que essa permite que os documentos sejam armazenados em diversas fontes de dados, inclusive em “nuvem”, garantindo, assim, que quaisquer falhas no processo não ensejem na perda total das informações.

Na atualidade, o crescimento tecnológico na área contábil tem sido acelerado pelas diversidades de ferramenta que estão sendo inseridas no mercado. Isto, aliado à propagação  da tecnologia da informação por todas as atividades das companhias, vêm obrigando a necessidade de refletir sobre os efeitos provocados pelo avanços tecnológicos na atividade contábil.

O Trabalho apresentado busca evidenciar a contribuição do perito contador nas decisões judiciais, através do assessoramento ao magistrado, e o dinamismo da tecnologia apoiando o desempenho da perícia.

metodologia tecnologica

O referente estudo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa de cunho qualitativo com a aplicação de uma pesquisa bibliográfica desfrutando de recursos para a argumentação das pesquisas realizadas, obtendo, como instrumento de pesquisa, alguns teóricos para evidenciar a relevância do uso da tecnologia como uma aliada ao ensino de língua inglesa. Para Gil (2002, p. 127), pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Assim, pode-se concordar que a pesquisa bibliográfica é baseada em estudos de dissertações, livros e artigos. Apreciando algumas referências no processo do estudo escolhemos, dentre as encontradas, aquelas que enfatizavam os temas referentes ao objetos dessa reflexão e aquelas que apresentaram elementos a serem refletidos sob esse novo olhar conceptivo.

A importância da inserção das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira (LI) e o incentivo dessas para que haja o desenvolvimento das potencialidades dos aprendizes e de novas concepções sobre as metodologias e estratégias em uma maneira analítica e significativa no processo do ensino foram algumas das reflexões encontradas. Para um diagnóstico maior sobre a resolução da problemática encontrada em sala de aula foram selecionados estudos de Benade (2019), Kenski (2003) e Ribas (2018) que conectam a tecnologia como uma aliada ao processo de ensino, pois é uma das ferramentas fundamentais para aprendizagem, pois favorecem uma nova abordagem significativa sobre o ato de apropriar do conhecimento, ressaltando a busca da descoberta, criatividade e desafio.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme entendemos, a língua inglesa se torna, cada vez mais, mais importante e com o surgimento da tecnologia sua compreensão é necessária para acompanhar as transformações mundiais. De acordo com Malvessi (2013, p. 95):

Em nossa sociedade pós-moderna o ensino de língua estrangeira (Língua Inglesa) tem ganhado um novo espaço, uma nova perspectiva. Na medida em que cresce o processo de globalização, a aquisição da língua estrangeira (LI) torna-se uma exigência para o ser humano.

Com o uso das tecnologias como aliada ao processo de ensino-aprendizagem tornar-se-á mais uma ação proativa. Pois, ainda segundo Ribas (2018), o uso desses recursos diminui a lacuna entre o educador e educando, permitindo, dessa forma, novas descobertas e maneiras de se comunicar e interagir a partir desse processo inovador. Os discentes estão em constante contatos com as inovações tecnológicas da informação e comunicação (TDICs) e ligados à abordagem comunicativa (AC) como computadores, tabletssmartphonesgadgetsstreaming, gêneros digitais e diversos aplicativos. Percebemos que a tecnologia perpassa pela vida dos educandos e educadores. Essa inserção da tecnologia como prática pedagógica é um recurso potencializador do processo de ensino e aprendizado, desencadeando, então, competências e habilidades. Conforme Vale (2001, p. 112):

O enfoque principal é criar através das tecnologias novas formas de ensinar e aprender bem como integrar o uso dos recursos disponíveis na escola ao seu compromisso maior que seria um melhor convívio e uma atuação e participação efetiva na sociedade. Assim, a educação é vista como um dos meios capazes de proporcionar à classe trabalhadora um saber que seja instrumento de luta, a fim de que possa, de forma consciente renascer enquanto homens e com ele uma nova escola.

O auxílio das tecnologias digitais não só contribui para com a formação cotidiana, mas também atua como uma âncora indispensável para tornar o aluno um ser crítico e transformador do conhecimento assim como um letrado digital. Torna-se, assim, um diferencial para a realização das práticas de leitura e escrita, pois faz com que essas sejam realizadas de maneira inovadora e dentro dos padrões atuais. O ser letrado digitalmente assume mudanças na forma de ler e escrever por meio de códigos verbais e não verbais. Segundo Marcuschi (2004, p. 67): “o gênero digital é todo o aparato textual em que é possível, eletronicamente, utilizar-se da escrita de forma interativa ou dinamizada”.

Diz, ainda, que “o gênero digital possibilita o trabalho da oralidade e da escrita, assim como os gêneros textuais tradicionais utilizados na escola, pois se apresentam como uma evolução desses” (MARCUSCHI, 2004, p. 67).  Percebe – se que quando o educador usa essas ferramentas ele, provavelmente, alcançará as metas estabelecidas para uma educação efetiva. O uso da tecnologia como ferramenta possibilita diversas formas e maneiras de fazer com que o aprendiz passe a exercer uma função ativa e não passiva. A partir daí, realizar atividades que contribuem para com a sua formação e seu crescimento cognitivo é essencial. De acordo com Boelter (2006, p. 19):

Sabemos dos vários benefícios que a tecnologia pode gerar num trabalho pedagógico com o aluno, em atividade de programação de rotinas e processos; de reorganização, registro, acesso, manipulação e apresentação de informações com aplicativos; de simulação de experimentos relacionados com as ciências naturais e sociais; de comunicação e acesso a base de dados via e-mail e internet. Sabemos também que esse trabalho só se concretiza quando o professor domina os conceitos e as práticas relacionadas com a tecnologia, transportando para o seu trabalho pedagógico e aplicando-os no cotidiano da sala de aula.

Cabe, ao educador, preparar-se para essa evolução tecnológica e, consequentemente, deve quebrar velhos paradigmas metodológicos. Os educandos que estão inseridos no ambiente escolar são titulados de “nativos digitais” e/ou geração z ou, ainda, como alpha e o professor, em muitas das vezes, ao longo de sua formação, não é preparado para tal desafio. É necessário que o professor busque se aperfeiçoar, por novas didáticas e pela inovação de sua metodologia e prática docente. Conforme Bernardo (2006, p.101):

Através da aplicação ou não de terminadas metodologias, uma responsabilidade unilateral quanto ao sucesso ou insucesso de seus alunos. É realmente preocupante a situação do ensino/aprendizagem de inglês na escola pública, visto que a maioria dos alunos, ao final de sete anos de estudo, parece estar estudando inglês pela primeira vez.

É notório que quando o professor não se qualifica, isto é, não busca formação nem se especializa, deixa de usar recursos disponíveis, passando, dessa forma, a contribuir para com uma educação sujeita ao fracasso, pois não será capaz de desenvolver, nesses aprendizes, habilidades e competências necessárias.

importancia da tecnologia

O presente artigo ressaltará sobre a relevância da aplicabilidade da tecnologia como aliada ao ensino da língua estrangeira, especificamente à língua inglesa. Evidenciando a inserção destes recursos inovadores propomos mudanças metodológicas acerca do trabalho dos educadores e, também, da aprendizagem dos envolvidos. Esses, por sua vez, ao ter contato com um recurso já dominado e que não é explorado como recurso didático passa a ver essa nova proposta como desafio, de modo interacionista, e, assim, passa a usá-la, agora, como material didático, conduzindo os aprendizes para um maior aproveitamento e rendimento. E, com isso, o discente passa a desenvolver suas competências e habilidades comunicativas. Há a ênfase nas mudanças comportamentais de alunos e professores, resultantes dessa nova forma de conceber o ensino-aprendizagem da língua inglesa, dentro de um ambiente de aprendizagem informatizado e mundialmente interligado por recursos tecnológicos. É perceptível e inegável que o uso da tecnologia como prática pedagógica é um recurso potencializador do processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa, pois faz com que o aprendiz desenvolva as quatros competências: leitura (reading), escrita (writing), fala (speaking) e compreensão (listening).  Promove-se, então, o desenvolvimento da autonomia dos aprendizes a partir das oportunidades para enfatizar a interação, cooperação e colaboração.

Palavras-chave: Ensino da língua inglesa, tecnologia, transformações.

1. INTRODUÇÃO

Diante do momento atual, em que o mundo se encontra mais conectado aos mecanismos tecnológicos existentes, ele é mais globalizado do que em outros momentos. A partir da inserção da tecnologia obtivemos mais complexabilidade na troca de mensagens, e, contemporaneamente, estamos vivenciando uma avançada tecnologia informativa, comunicativa e que distribui, além de conhecimento, entretenimento para seus usuários. A educação e o processo de ensino necessitam se integrar a essas transformações em seu contexto escolar. Com isso, precisamos trabalhar de forma integrada ao processo pedagógico, pois essa é uma forma de aproximar a geração que está nos bancos escolares. É necessário propiciar, aos aprendizes, o contato com o conhecimento científico considerando sua realidade e conhecimento de mundo. A tecnologia é uma ferramenta importantíssima em que não se pode falar deixar de lado no processo de ensino e aprendizagem.

O uso da tecnologia deve estar integrado com os métodos e atividades em sala de aula. Um dos maiores desafios no processo de ensino da língua estrangeira é abandonar certos paradigmas, conceitos didáticos e maneiras de educar. As aulas de língua inglesa são ministradas, em muitas das vezes, por meio de modelos estruturados, sólidos e previsíveis. E, muitos educadores e instituições públicas, não se encontram preparados para incorporar o potencial, a flexibilização, o interacionismo e o nivelamento que o uso dessas ferramentas promove no ensino de línguas. Nos últimos anos, com o avanço tecnológico, o ensino de língua inglesa recebeu diversos auxílios advindos das novas tecnologias. Estamos em um novo tempo no qual estamos expostos à novos meios e maneiras de compreender, perceber, (re)aprender e sentir a afetividade, (re)significando conceitos e imaginação, processos esses resultantes do advento da tecnologia e de suas nuances.

Apesar de o processo de ensino e aprendizagem privilegiar a cognição, os jovens estudantes não se interessam tanto pelos conteúdos e temas de estudos como relações que se estabelecem (ou podem ser estabelecidas), mas com o que ocorre nessa metodologia. Foi a partir dos anos 90 que a tecnologia surgiu de modo sistemático e intenso no Brasil e passou a ser usada em diversas esferas da sociedade. Essa tecnologia que, se trabalhada de modo coerente e bem aplicado pelo educador, torna eficaz sua prática de ensino. Dessa forma, propõe-se uma didática metodológica diferenciada e prática que pode ser inserida no plano de aula com atividades motivadoras, prazerosas, multidisciplinares e integrando as inovações tecnológicas da informação (TDICs) e ligadas à uma abordagem comunicativa, facilitando o processo educativo do ensino – aprendizagem da língua em estudo.

O surgimento da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TICs) e sua inserção no processo de ensino da língua inglesa desencadeou novas reflexões, inspirações e interações profundas sobre a formação da história educacional e de sua dinamicidade. Percebe-se que a sociedade caminha para ser toda informatizada, e, assim, não podemos ficar sem trabalhar com esse suporte pedagógico enquanto toda a sociedade lhe faz uso. As tecnologias e os gêneros digitais invadem os espaços de relações e que podem ser mediatizadas com o currículo. Podemos nos apropriar e usufruir da tecnologia da informação e comunicação e dos gêneros digitais para propiciar, aos envolvidos, o contato com o saber científico, com base em seus conhecimentos empíricos. Utilizar gêneros digitais não se trata de usar a tecnologia de maneira supérflua e/ou de modo eventual, mas sim de modo integrado com as atividades propostas em sala de aula.

Propondo aulas de língua inglesa mais dinâmicas, interessantes e interativas ao público envolvido, temos como objetivo promover, neste estudo, um ensino-aprendizagem mais efetivo e significativo. Nas últimas décadas, vários autores foram os precursores a desenvolverem pesquisas relacionadas ao uso da tecnologia e os recursos que a informática  desenvolve  na aprendizagem humana, tais como: Taylor (1980); Mendonça e Ramos (1991); Pierre Lévy (1993); Gravina e Santa Rosa (1998); Ferreira (1998); Campos, Cunha e Santos (1999); Paula e Reis (1999); Costa, Oliveira e Moreira (2001); Coelho, Fleming e Luz (2002); Melo, Santos e Segre (2002), dentre outros. A mediação realizada pelo docente transformará esses discentes envolvidos em grandes potencializadores do processo de ensino-aprendizagem. Introduzir as tecnologias na escola e nas atividades potencializa esse aprendizado.

Cotidianamente, esses educandos estão em contato contínuo e quando essas ferramentas passam a fazer parte das atividades o aluno que já tem um conhecimento sobre o uso das ferramentas tecnológicas não sentirá dificuldade em lhe manusear. É nesta busca que se percebe que, nos dias atuais, o modo de aprender de nossos educandos mudou radicalmente e que as abordagens devem incluir os recursos tecnológicos e os gêneros digitais. Não se pode ignorar a grande relevância que a tecnologia tem no processo de ensino e aprendizagem. Isso não significa que a tecnologia detém o poder e primazia de promover todos os procedimentos e progressos na educação. Antes de tudo, a tecnologia precisa ser entendida como mais um mecanismo que auxilia a construção do conhecimento.

2. RECEIO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Muitos educadores ainda não estão preparados e receiam o uso das TICs, sentindo-se incapazes e até despreparados para o manuseio dessas tecnologias. Porém, estamos no XXI e precisamos ter consciência de que é um recurso importante e poderoso no viés do ensino-aprendizagem. Precisam estar capacitados para interagir com uma geração informatizada, mesmo aqueles discentes que se envolvem pouco com a máquina e/ou com os aparatos tecnológicos. Discentes têm certas habilidades e são envolvidos rapidamente pelos recursos que a tecnologia proporciona. Os estudantes mostram-se mais acolhedores às novidades tecnológicas, porque os aparatos tecnológicos e o acesso à internet provoca curiosidade, entretenimento e facilidade pela exploração do conhecimento científico que se via tecnologia colocada à disposição. Trabalhar com a informática, internet e recursos tecnológicos é imprescindível no processo de ensino. Assim, Almeida (2005, p. 96) reitera que:

[…] utilizá-la para a representação, a articulação entre pensamentos, a realização de ações, o desenvolvimento de reflexões que questionam constantemente as ações e as submetem a uma avaliação contínua. As tecnologias da informática levam o indivíduo a desenvolver a imaginação, observação, criatividade, formar julgamento, pesquisa, classificação, leitura, análise de imagens, pensamento experimental e hipotético.

É perceptível que a prática pedagógica não está mais sintetizada na relação docente- discente. Na atualidade, surge um grande desafio no processo de ensinar e aprender: romper práticas dos educadores que, por muitas vezes, são engessadas, mecanicistas e tradicionais em seus métodos. O fenômeno da tecnologia tem revolucionado fronteiras e se materializa em diversos espaços, contribuindo, assim, para com uma aprendizagem efetiva vinculada à conhecimentos apreendidos no ambiente escolar. Com a aplicabilidade passará a tê-la como instrumento significativos na vida prática e cotidiana desses educandos. Compreendendo a tecnologia como ferramenta no elucidar de novos pensamentos, valores, concepções, práticas e ideias quebrando diversos paradigmas a prática docente se torna mais atrativa. A divulgação de informações nunca teve tanta rapidez quanto nos dias atuais, pois a informatização propõe a democratização do conhecimento. Por outra vertente, surge um enorme desafio aos educadores.

As novas tecnologias têm influenciado o mundo e, também, a área educacional, realçando a importância para o desenvolvimento dos aprendizes. No computador, tablet e smartphone pode-se criar e acessar diversas estruturas que conduzem o educando a realizar experiências imagináveis em seu mundo real que possibilitam averiguar seus resultados de maneira instantânea. Com a criação das ferramentas tecnológicas o ser humano não mais interage como em décadas anteriores. Elas têm transformado a vida de todo o planeta. A tecnologia no meio educacional é uma realidade e que, anos atrás, era algo imaginável.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) oferecem ganhos significativos, visto que fazem com que o discente amplie seus saberes para uma nova realidade. Propõem, ainda, alternativas de aprendizagem de modo integrador, interativo e cooperativo.  Escola e professor precisam estar preparados para essa nova realidade para que, assim, possam desenvolver, nesses educandos, capacidades e competências de reflexão, análise e transformação de seu conhecimento prévio na busca por novas informações e, consequentemente, produz novos saberes. De acordo com Lévy (1999, p. 96):

A Internet, são os principais instrumentos de acesso ao conhecimento em nossos dias. Com isso, é preciso que os professores mostrem-se cada vez mais conscientes da responsabilidade de oferecer ao aluno as habilidades que necessitarão para que sejam bem sucedidos em suas carreiras. Dentre essas habilidades, destaca-se o domínio da tecnologia de informação, com a capacidade técnica de leitura e interpretação de dados. Isso porque, nos dias de hoje, a informação está acessível a todos, não apenas nas já conhecidas formas de publicação, como livros, revistas, jornais e periódicos, mas, principalmente, no meio virtual, na Internet.